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Bancos Centrais Adicionaram 31 Toneladas de Ouro às suas Reservas em Outubro de 2022

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Depois de adicionarem quase 400 toneladas de ouro às suas reservas no 3º trimestre de 2022, os bancos centrais começaram o quarto trimestre com alto apetite pelo metal. Segundo dados do World Gold Council (WGC), os bancos centrais adicionaram, globalmente, 31 toneladas de ouro às suas reservas oficiais em outubro. As reservas totais de ouro dos bancos centrais estão agora de volta ao níveis de 1974:

 

Figura 1 – Reservas de Ouro dos Bancos Centrais (Em Toneladas)

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* Dados até 31 de outubro de 2022, baseados em dados disponíveis e cálculos do WGC.

Fonte: WGC.

O Banco Central dos Emirados Árabes Unidos foi o maior comprador de ouro em outubro, acrescentando pouco mais de 9 toneladas às suas reservas. Do início do ano até outubro, os Emirados Árabes Unidos aumentaram suas reservas em 18 toneladas. Suas reservas de ouro são de 74 toneladas (3% do total das reservas).

 

A Turquia também comprou cerca de 9 toneladas de ouro em outubro. O Banco Central da Turquia foi o maior comprador de ouro em 2022, adicionando 103 toneladas às suas reservas até outubro.

 

O Uzbequistão também tem adicionado ouro às suas reservas de forma consistente. Também aumentou suas reservas em 9 toneladas em outubro. Foi o sétimo mês consecutivo de compras de ouro. Isso eleva suas compras líquidas no ano para 37 toneladas, apesar de ter vendido quase 25 toneladas no 1º trimestre. As reservas de ouro representam pouco mais de 60% das reservas totais do Uzbequistão.

 

O banco central do Cazaquistão adicionou 3 toneladas de ouro às suas reservas oficiais em outubro. Isso reduz suas vendas líquidas em 2022 para 18 toneladas.

 

Não é incomum que os bancos que compram da produção doméstica (como o Uzbequistão e o Cazaquistão) alternem entre comprar e vender.

 

O Catar adicionou 1 tonelada de ouro às suas reservas.

 

Dados atualizados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o banco central da Camboja comprou uma quantidade líquida de 2 toneladas de ouro entre julho e setembro, elevando as reservas totais de ouro do país para 52 toneladas.

 

O Reserve Bank of India – RBI (o banco central da Índia)  adicionou 17 toneladas de ouro às suas reservas no 3º trimestre, apesar de não registar nenhuma compra em agosto. A Índia tem aumentado constantemente suas reservas desde 2017. Desde então, o RBI comprou mais de 200 toneladas de ouro. Em agosto de 2020, houve relatos de que o RBI considerava aumentar ainda mais significativamente suas reservas de ouro. A índia é o 9º país que detém mais ouro em suas reservas.

 

Esses números refletem as compras de ouro oficialmente informadas; porém, houve grandes aumentos não declarados das reservas de ouro no 3º trimestre. Os bancos centrais que muitas vezes falham em relatar compras incluem o da China e o da Rússia. Muitos analistas acreditam que a China é o comprador misterioso que estoca ouro para minimizar a exposição ao dólar americano.

 

Há muito tempo existem especulações de que a China detém muito mais ouro do que revela oficialmente. Como Jim Rickards mencionou em 2015, muitas pessoas especulam que a China mantém vários milhares de toneladas de ouro em uma entidade separada chamada State Administration for Foreign Exchange (SAFE).

 

A dição de quase 400 toneladas de ouro pelos bancos centrais no 3º trimestre de 2022 foi 300% maior do que no 3º trimestre de 2021. E foi o maior aumento trimestral das reservas de ouro do bancos centrais desde que o WGC começou a manter registos em 2000. Com as compras de outubro, o total de compras de ouro pelos bancos centrais para 2022 é de aproximadamente 704 toneladas. Isso é maior do que qualquer aumento anual das compras de ouro pelos bancos centrais desde 1967, com dois meses restantes para acabar o ano de 2022.

 

Os bancos centrais adicionaram 463 toneladas de ouro às reservas em 2021. Isto foi 82% superior a 2020.

 

2021 foi o 12º ano consecutivo de compras líquidas. Ao longo deste tempo, os bancos centrais compraram um total líquido de 5692 toneladas de ouro.

 

Depois de recordes de compras de ouro por parte dos bancos centrais em 2018 e 2019, houve uma diminuição em 2020, quando o total de compras foi de 273 toneladas. Em 2019, as compras totalizaram 650.3 toneladas; em 2018, 656.2 toneladas. Segundo o WGC, 2018 foi o ano que registou a maior compra de ouro por parte dos bancos centrais desde a suspensão da convertibilidade do dólar americano em ouro em 1971.

 

 

André Marques

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