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Emissões de Títulos em Portugal | Dezembro de 2022

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Segundo o Banco de Portugal, no final de 2022, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes em Portugal foi de € 456 mil milhões (menos € 35 mil milhões do que no final de 2021).

 

Em 2022, pelo sétimo ano consecutivo, as emissões de títulos excederam as amortizações, num montante de € 2.1 mil milhões. As emissões de ações superaram as amortizações em € 4.8 mil milhões. Já as amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em € 2.7 mil milhões.

 

Em relação às emissões deduzidas de amortizações de ações e analisando por setor de atividade da entidade emitente, as entidades ligadas aos transportes e armazenagem foram as que apresentaram o maior incremento líquido do seu capital, no valor de € 1.6 mil milhões. Seguiram-se as empresas do ramo das atividades de consultoria e das sedes sociais e das atividades financeiras e de seguros, com emissões deduzidas de amortizações de € 1.4 mil milhões e de € 1 mil milhões, respetivamente.

 

Figura 1 – Emissões Deduzidas de Amortizações de Ações por Setor de Atividade da Entidade Emitente, em Milhares de Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

Relativamente aos títulos de dívida, verificaram-se comportamentos distintos entre setores. O setor financeiro e as administrações públicas apresentaram emissões deduzidas de amortizações negativas de € 2.8 e € 1.1 mil milhões, respetivamente. Em sentido contrário, a eletricidade, gás e água e as indústrias transformadoras aumentaram o seu endividamento titulado em € 700 milhões e € 600 milhões, respetivamente.

 

Figura 2 – Emissões Deduzidas de Amortizações de Títulos de Dívida por Setor de Atividade da Entidade Emitente, em Milhares de Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

Um dos destaques do ano de 2022 foi a evolução distinta das cotações de ações e de títulos de dívida pública. Por um lado, houve uma desvalorização dos títulos de dívida pública nacional em € 35.4 mil milhões. Por outro, as ações cotadas nacionais tiveram uma valorização de € 2.5 mil milhões.

 

Figura 3 – Valorização/Desvalorização de Ações Cotadas e de Títulos de Dívida Pública

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Fonte: Banco de Portugal.

 

Em dezembro de 2022, as emissões de títulos foram inferiores às amortizações em € 950 milhões. As emissões de ações superaram as amortizações em € 700 milhões. Já as amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em € 1.6 mil milhões.

 

Figura 4 – Títulos Emitidos, por Instrumento |Emissões Deduzidas de Amortizações, em Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

O setor das administrações públicas foi o que mais contribuiu para este resultado (com as emissões de título a superarem as amortizações em € 2.7 mil milhões). As empresas não financeiras, por outro lao, tiveram as amortizações a superarem as emissões em € 980 milhões; as empresas financeiras, em € 786 milhões.

 

Figura 5 – Títulos Emitidos, por Setor Institucional | Emissões Deduzidas de Amortizações, em Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

No final de dezembro de 2022, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de € 456 mil milhões (figura 6), menos € 9 mil milhões do que no final do mês anterior. Pra este resultado, contribuiu a desvalorização dos títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas em € 10 mil milhões (figura 7).

 

Figura 6 – Títulos Emitidos, por Tipo de Instrumento | Valor em Fim de Mês, em Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

Figura 7 – Títulos Emitidos, por Setor Institucional | Valor em Fim de Mês, em Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

No final de dezembro de 2022, estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de € 41.9 mil milhões (o que corresponde a 15.5% dos 269.3 mil milhões de títulos de dívida vivos naquela data).

 

Destacavam-se as empresas não financeiras (com amortizações calendarizadas para janeiro de 2023 de € 4.5 mil milhões) e as administrações públicas e o setor financeiro (com amortizações calendarizadas para outubro de 2023 de € 10.2 mil milhões e € 4 mil milhões, respetivamente).

 

Nas empresas não financeiras, as amortizações previstas correspondiam, em larga medida, a papel comercial (um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo). É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês.

 

Figura 8 – Amortizações Calendarizadas de Títulos de Dívida, Em Milhões de Euros

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Fonte: Banco de Portugal.

 

 

André Marques

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