Segundo o World Gold Council (WGC), os bancos centrais, globalmente, adicionaram 37 toneladas de ouro às suas reservas em julho, após uma adição de 59 toneladas em junho. No total do ano de 2022, os bancos centrais adicionaram aproximadamente 300 toneladas de ouro às suas reservas.
O Catar foi o maior comprador de ouro em julho, acrescentando 14.8 toneladas às suas reservas. De acordo com o WGC, este deve ser o maior aumento mensal registado desde 1967 (mas é necessário notar que os dados iniciais são irregulares). As reservas de ouro do Catar agora são de 72 toneladas, representando 10% das reservas totais. Este é o maior já registado para o país em toneladas.
A Índia tem comprando ouro consistentemente há meses e aumentou e fez uma compra adicional de 13.4 toneladas em julho. Foi o maior aumento das reservas de ouro do Reserve Bank of India (RBI), o banco central da Índia, desde setembro de 2021. A Índia possui agora 781 toneladas de ouro e é o 9º país com maiores reservas de ouro do mundo. Desde que retomou as compras do metal no final de 2017, o RBI comprou mais de 200 toneladas de ouro. Em agosto de 2020, houve relatos de que o RBI estava a considerar aumentar significativamente suas reservas de ouro.
A Turquia tem sido outro comprador regular do metal amarelo. O Banco Central Turquia adicionou 11.6 toneladas de ouro às suas reservas em julho. Foram adicionadas 75 toneladas desde o início deste ano.
O Uzbequistão adicionou 8.7 toneladas. O país adicionou cerca de 9 toneladas às suas reservas em cada um dos últimos quatro meses. As reservas de ouro representam pouco mais de 60% das reservas totais do Uzbequistão.
O Cazaquistão foi o único vendedor significativo em julho. O banco central do Cazaquistão vendeu 11 toneladas, elevando suas vendas líquidas (desde o início do ano) para pouco menos de 30 toneladas. As reservas oficiais de ouro agora somam 373 toneladas, representando 64% das reservas totais. O banco indicou que quaisquer outras vendas dependeriam das condições do mercado.
Os bancos centrais adicionaram 270 toneladas de ouro às suas reservas no 1º semestre do ano, em linha com a média do 1º semestre dos últimos cinco anos: 266 toneladas.
“Esta é uma continuação da forte compra que vimos [em 2021] e agora esperamos que a demanda dos bancos centrais para 2022 esteja no mesmo nível de 2021”, afirma o WGC.
Os bancos centrais adicionaram 463 toneladas de ouro às reservas em 2021. Isto foi 82% superior a 2020.
2021 foi o 12º ano consecutivo de compras líquidas. Ao longo deste tempo, os bancos centrais compraram um total líquido de 5692 toneladas de ouro.
Depois de recordes de compras de ouro por parte dos bancos centrais em 2018 e 2019, houve uma diminuição em 2020, quando o total de compras foi de 273 toneladas. Em 2019, as compras totalizaram 650.3toneladas; em 2018, 656.2 toneladas. Segundo o WGC, 2018 foi o ano que registou a maior compra de ouro por parte dos bancos centrais desde a suspensão da convertibilidade do dólar americano em ouro em 1971.
André Marques