Segundo o relatório de notícias do Silver Institute de outubro de 2022, a prata está no centro da indústria automotiva global. É o metal com maior condutividade elétrica e é encontrado em dezenas de sistemas em veículos modernos. A demanda por prata deste setor está a crescer rapidamente, com previsão de se aproximar de 88 milhões de onças (2500 toneladas) até 2025.
No entanto, existem certas aplicações no setor em que as outras propriedades da prata a tornam menos que ideal. Por exemplo, sendo um metal relativamente macio, a prata e as ligas de prata podem se desgastar rapidamente em certas aplicações. Um exemplo são os carregadores de veículos elétricos. Inserir e retirar repetidamente carregadores industriais de alta potência pode levar ao desgaste das superfícies de prata e afetar gravemente a durabilidade do dispositivo. É por isso que, normalmente, revestimentos alternativos (como ligas de ouro e ligas de paládio-níquel) têm sido usados em tais ambientes. No entanto, esses materiais são de custo relativamente alto, tornando atraentes as alternativas à base de prata com propriedades físicas aprimoradas.
A ARGUNA C-100 da Umicore é uma dessas opções. Segundo funcionários da Umicore, a combinação prata-grafite oferece a excelente condutividade elétrica da prata enquanto a lubrificação do grafite simultaneamente aumenta a resistência à abrasão, reduzindo o desgaste mesmo com um grande número de ciclos de acoplamento.
A Umicore realizou testes de laboratório que envolviam inserir e retirar repetidamente amostras em um slot de teste e, em seguida, medir as espessuras de revestimento restantes. Após 50 mil ciclos de acoplamento, uma camada prata-grafite permaneceu intacta. Em contraste, sem lubrificação, um revestimento de prata pura foi completamente removido após apenas 200 ciclos de teste.
Figura 1 – Testes Mostram o Aumento da Resistência ao Desgaste do Sistema de Revestimento de Prata ARGUNA C-100 em Carregadores de Veículos Elétricos
Fonte: Silver Institute/Umicore.
Friedrich Talgner, chefe de aplicações técnicas da Umicore, concluiu: “Em condições de laboratório, um teste de fim de vida de ‘tribômetro’ prova o baixo e estável coeficiente de fricção do sistema de revestimento ARGUNA C-100.”
André Marques