Uma vez que um satélite ou uma espaçonave esteja no espaço, é necessário muito pouco impulso para impulsioná-la. No entanto, mesmo que seja necessária uma pequena quantidade de potência de propulsão, o satélite ou nave deve ser altamente controlável e precisa, e isso apresenta desafios para os engenheiros. As agências espaciais costumam usar produtos químicos como a hidrazina (um propulsor líquido altamente tóxico e de baixa potência) ou às vezes metal fundido expelido de um bocal para colocar a nave em posição. O método de metal fundido, embora se enquadre nos critérios para pulsos de empuxo medidos e exatos, requer combustível para aquecer o metal e formas de ponta de bico intrincadas e especialmente projetadas.
O relatório de notícias do Silver Institute de dezembro de 2022 afirma que a prata pode fornecer uma resposta, segundo o U.S. National Aeronautics and Space Administration’s (NASA) Jet Propulsion Laboratory. Seu sistema usa prata sólida como fonte de combustível acompanhada por um eletrólito composto de filme de prata. Ao variar a tensão e a corrente elétrica, os íons metálicos são transportados da superfície de prata sólida e expelidos por uma ponta emissora. Este motor movido a íons, embora com potência extremamente baixa, é suficiente para mover suavemente uma espaçonave na direção desejada.
O método não usa nenhum produto químico tóxico ou inseguro, nem precisa de muita energia elétrica. Mais importante, as correntes e tensões elétricas nesses “micropropulsores” podem ser controladas com precisão. Este método de produção de iões de prata não é totalmente novo, pois é usado para mover elétrons em dispositivos de memória de baixa potência, como os usados em computadores.
Uma grande vantagem deste sistema é que o combustível iônico é independente da forma da ponta do emissor. Isso reduz a necessidade de que todas as pontas do emissor na espaçonave tenham exatamente a mesma forma e tamanho.
A NASA está a buscar licenças para comercializar esta tecnologia.
André Marques