Segundo o relatório de notícias do Silver Institute de dezembro de 2022, a prata pode ser utilizada para mitigar fraudes em eleições. A ‘tinta eleitoral’ é usada para enxugar os dedos dos eleitores em muitos países (incluindo Índia, Afeganistão e Peru) para tal fim. Sem a prata, no entanto, esse sistema essencialmente infalível não seria possível para os mais de 30 países que atualmente usam ‘tinta eleitoral’ ou o fizeram no passado.
A chave para o sucesso dessa tinta em identificar os eleitores que já votaram é tornar a tinta impossível de lavar imediatamente, mas permitir que ela se desgaste após dois a quatro dias. Pode durar várias semanas, no entanto, se aplicado na unha ou na área da cutícula.
Essa característica indelével é obtida pela adição de nitrato de prata à tinta, porque, quando exposta à luz, a tinta acaba por ficar marrom à luz do sol ao penetrar na camada superior da pele. Não é prejudicial e não pode ser lavado. O toque do dedo do eleitor desaparece apenas quando a nova pele substitui a camada morta da pele.
Reações químicas simples tornam esse sistema possível. Cerca de uma solução de 10% a 20% de nitrato de prata é adicionada à tinta, que geralmente é de cor violeta ou azul. Uma vez aplicado na pele, o nitrato de prata reage com o sal da transpiração e forma cloreto de prata. Quando expostos à luz solar, os raios ultravioleta transformam o cloreto de prata em prata metálica que é absorvida pela pele e fica marrom.
Figura 1 – ‘Tinta Eleitoral’
Fonte: Silver Institute.
André Marques