Em uma recenteentrevista, Adam Glapiński, o presidente do bancocentral da Polónia, afirmou que o banco pretende adicionar 100 toneladas deouro às suas reservas em 2022, o que já havia sinalizado há alguns meses.
Durante aprimeira metade de 2019, o banco central da Polónia adicionou mais de 100toneladas de ouro, quase a dobrar suas reservas.
Atualmente, oBanco Central da Polónia detém cerca de 230 toneladas de ouro. É o 23º país domundo com mais reservas de ouro, que representa cerca de 6.5% dos ativos totaisdo Banco da Polónia (semelhante à percentagem de ouro detida pelos EUA e pela Alemanha).
De acordo com Glapiński:
“O ouro manteráseu valor mesmo quando alguém cortar a energia do sistema financeiro global,destruindo ativos tradicionais com base em registros contábeis eletrónicos.Claro, não presumimos que isto acontecerá. Mas, como diz o ditado, ‘O prevenidoé sempre assegurado’. E o banco central deve estar preparado até mesmo para ascircunstâncias mais desfavoráveis. É por isto que vemos um lugar especial parao ouro em nosso processo de gestão de câmbio.”
Ele tambémmenciona as vantagens do ouro como um ativo monetário:
“… o ouro estálivre de risco de crédito e não pode ser desvalorizado pela política económicade nenhum país. Além disto, é extremamente durável, virtualmente indestrutível.”
E menciona a funçãode redução de risco:
“O ouro écaracterizado por uma correlação relativamente baixa com as principais classesde ativos – especialmente o dólar americano, que é predominante na carteira dereservas do NBP (Banco Nacional da Polónia) – o que significa que incluir ouronas reservas reduz o risco financeiro no processo de investi-las.”
A compra de ouropelos bancos centrais globalmente atingiu 393 toneladas no final do terceirotrimestre deste ano. Os bancos centrais já compraram maisouro este ano do que em todo o ano de 2020 (255 toneladas).
André Marques