Segundo o Banco de Portugal, o endividamento do setor não financeiro em Portugal sofreu um aumento de € 4.3 mil milhões de euros em setembro de 2022 em relação ao mês anterior. Deste total, € 440.7 mil milhões respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e € 358 mil milhões ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).
O endividamento do setor privado sofreu um aumento de € 2.2 mil milhões. Este acréscimo resultou, principalmente, do incremento do endividamento das empresas privadas, em € 1.9 mil milhões, sobretudo perante o setor financeiro (€ 2.2 mil milhões), parcialmente compensado por uma diminuição junto do exterior (€ 300 milhões). O endividamento dos particulares também cresceu (€ 400 milhões), tendo aumentado € 600 milhões junto do setor financeiro e diminuído € 200 milhões junto do exterior.
Já o endividamento do setor público sofreu um aumento de € 2.1 mil milhões e concretizou-se em acréscimos de € 800 milhões perante o exterior e de € 1.4 mil milhões perante o conjunto dos particulares, do setor financeiro e das administrações públicas. Em contrapartida, o endividamento do setor público perante as empresas teve uma redução de € 100 milhões.
Figura 1 – Endividamento do Setor não Financeiro por Setor Devedor, em Milhões de Euros
Fonte: Banco de Portugal.
Em setembro de 2022, o endividamento das empresas privadas sofreu um aumento anual de 2.9%, o que correspondeu a uma aceleração de 0.3% em relação a agosto de 2022.
Figura 2 – Taxa de Variação Anual do Endividamento das Empresas Privadas
Fonte: Banco de Portugal.
Por sua vez, o endividamento dos particulares sofreu um aumento anual de 3.7% em setembro de 2022, valor inferior ao verificado em agosto de 2022 (3.9%).
Figura 3 – Taxa de Variação Anual do Endividamento dos Particulares
Fonte: Banco de Portugal.
André Marques