Segundo o Banco de Portugal, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) em Portugal registou um aumento de € 7.6 mil milhões em fevereiro de 2023, atingindo € 802 mil milhões. Deste total, € 440.6 mil milhões respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e € 361.4 mil milhões ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

O endividamento do setor público sofreu um aumento de € 9 mil milhões, sobretudo perante as administrações públicas (€ 5.7 mil milhões), com destaque para a emissão de € 3.7 mil milhões de obrigações do Tesouro subscrita pela Caixa Geral de Aposentações. O endividamento do setor público cresceu junto dos particulares (€ 2 mil milhões) – principalmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro – e junto do setor financeiro (€ 1.5 mil milhões).

O endividamento do setor privado registou uma redução de € 1.4 mil milhões. O endividamento das empresas privadas registou uma redução de € 1.2 mil milhões, traduzindo uma redução do endividamento perante o exterior e o setor financeiro (de € 600 milhões e € 500 milhões, respetivamente). O endividamento dos particulares passou por uma redução de € 200 milhões, essencialmente junto do setor financeiro.

Figura 1 – Endividamento do Setor não Financeiro por Setor Devedor, em Milhões de Euros

Fonte: Banco de Portugal.

Em fevereiro de 2023, o endividamento das empresas privadas registou um aumento de 1.2% em relação a fevereiro de 2022 (menos 0.6% do que no mês anterior).

Figura 2 – Taxa de Variação Anual do Endividamento das Empresas Privadas

Fonte: Banco de Portugal.

Por sua vez, o endividamento dos particulares aumentou 3% em fevereiro de 2023, valor inferior ao verificado no mês anterior (3.6%).

Figura 3 – Taxa de Variação Anual do Endividamento dos Particulares

Fonte: Banco de Portugal.

André Marques