Bancos Centrais Adicionaram 14.2 Toneladas de Ouro às suas Reservas em Dezembro de 2021



No terceiro trimestre de 2021, os bancoscentrais, globalmente, adicionaram 69 toneladas de ouros às suas reservas. E, em dezembro de 2021, os bancos centrais adicionaram 14.2 toneladas do metal.


O banco central da Turquia foi o maiorcomprador em dezembro, adicionando 10.1 toneladas de ouro às suas reservas. ATurquia foi uma grande vendedora no terceiro trimestre de 2021, mas pareceestar a reabastecer suas reservas.


O Uzbequistão adicionou 8.4 toneladas de ouroàs suas reservas em dezembro, após uma venda de 21.5 toneladas no mês anterior.Essas compras e vendas são comuns no Uzbequistão devido à gestão ativa dasreservas de ouro.


A Índia continuou a adicionar ouro às suasreservas em dezembro. O Reserve Bank of India – RBI (o banco central da Índia) comproumais 3.7 toneladas em dezembro, elevando suas reservas totais de ouro para 754.1toneladas. A Índia foi um dos maiores compradores de ouro em 2021, aumentandoas reservas em 77.5 toneladas.


Outros compradores em dezembro foram o Quirguistão(1.1 tonelada), República Checa (0.4 tonelada) e Ucrânia (0.3 tonelada).


O maior vendedor em dezembro foi oCazaquistão, com 4.8 toneladas.


O Sri Lanka vendeu 3.6 toneladas. De acordocom o WGC, a venda representou cerca de metade das reservas de ouro do país efoi feita para ajudar a aumentar a liquidez de suas reservas estrangeirasdepois que atingiram uma baixa de 12 anos em novembro. No entanto, a porta foideixada aberta para futuras compras de ouro quando as reservas estrangeirasaumentarem.


A Polónia vendeu 1.6 tonelada de ouro emdezembro. Isto provavelmente foi feito por razões técnicas e deve ser umaanomalia. No início de outubro, o presidente do banco central da Polónia, AdamGlapinski, anunciou planos de comprar 100 toneladas de ouro em 2022.


De acordo com Glapiński:


“O ouro manterá seu valor mesmo quando alguémcortar a energia do sistema financeiro global, destruindo ativos tradicionaiscom base em registos contábeis eletrónicos. Claro, não presumimos que istoacontecerá. Mas, como diz o ditado, ‘O prevenido é sempre assegurado’. E obanco central deve estar preparado até mesmo para as circunstâncias maisdesfavoráveis. É por isto que vemos um lugar especial para o ouro em nossoprocesso de gestão de câmbio.”


Ele também menciona as vantagens do ouro comoum ativo monetário:


“… o ouro está livre de risco de crédito e nãopode ser desvalorizado pela política económica de nenhum país. Além disto, éextremamente durável, virtualmente indestrutível.”


E menciona a função de redução de risco:


“O ouro é caracterizado por uma correlaçãorelativamente baixa com as principais classes de ativos – especialmente o dólaramericano, que é predominante na carteira de reservas do NBP (Banco Nacional daPolónia) – o que significa que incluir ouro nas reservas reduz o riscofinanceiro no processo de investi-las.”


Depois de recordes de compras de ouro porparte dos bancos centrais em 2018 e 2019, houve uma diminuição em 2020, quandoo total de compras foi de 273 toneladas. Em 2019, as compras totalizaram 650.3toneladas; em 2018, 656.2 toneladas. Segundo o WGC, 2018 foi o ano que registoua maior compra de ouro por parte dos bancos centrais desde a suspensão daconvertibilidade do dólar americano em ouro em 1971.


Os bancos centrais adicionaram 463 toneladasde ouro às reservas em 2021, um aumento de 82% em relação a 2020.


2021 foi o 12º ano consecutivo de compraslíquidas pelos bancos centrais. Neste período, os bancos centrais compraram umtotal líquido de 5692 toneladas.



André Marques

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